
UM CORPO QUE SE ESCREVE PEDRA
Editora Aves de Água (2012)
Um corpo que se escreve pedra é meu livro de estreia, publicado em 2011 pela editora Aves de Água. Nele, procurei explorar a relação entre corpo e linguagem a partir de uma escrita que funde poesia e ensaio, forma e fratura. É um livro sobre inscrição e resistência — não apenas como temas, mas como modos de escrita. A palavra, nesse trabalho, é convocada como matéria sensível, densa, marcada pela experiência. Escrevi com a intenção de escavar a linguagem até que ela se tornasse também pele, pedra, vestígio.

O PIANO A IMAGEM DO DESERTO
Editora Cousa (2014)
O piano à imagem do deserto é uma novela de linguagem densa e poética, centrada na voz de uma protagonista de 70 anos que escreve sobre suas memórias, revisitando o amor, a música e a morte como quem atravessa paisagens internas em silêncio. Mais do que recordar, ela compõe — entre palavras e silêncios — uma partitura íntima, feita de perdas e insistências. A obra foi escrita com apoio do edital de criação literária da Secretaria de Cultura do Espírito Santo e, no ano seguinte, reconhecida com o prêmio de publicação da mesma instituição.

ANATOMIA DA ELIPSE: ESCRITOS SOBRE NACIONALISMO, RAÇA E PATRIARCADO
Editora Cousa (2017)
Este livro parte das tensões em torno do nacionalismo literário para propor um diálogo entre Casa-Grande & Senzala, de Gilberto Freyre, e Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa. Publicadas com mais de duas décadas de distância, essas duas obras ajudam a iluminar diferentes formas de pensar o Brasil — e, sobretudo, de imaginar sua identidade. A pergunta que atravessa o trabalho é dupla: de que maneira Rosa se insere (ou desvia) da tradição romântica que buscava consolidar uma literatura verdadeiramente nacional? E até que ponto podemos reconhecer, em seu sertão, os traços de uma arquitetura simbólica marcada pela Casa-Grande freyreana, como estrutura ainda ativa na organização das relações sociais e afetivas? Ao articular esses dois autores, o livro convida a repensar os modos como narramos — e disputamos — a ideia de Brasil.

BALAIO DE GATO
Editora Cousa (2022)
O livro é um apanhado de cinquenta e cinco artigos que refletem meus interesses até minha entrada na casa dos 30 anos. De certa forma, essa coletânea é o retrato de um momento de formação. A maior parte dos textos foi publicada no jornal A Gazeta, do Espírito Santo, entre 2014 e 2020, e se debruçam sobre literatura, educação, culturas afro-brasileiras, música popular e política. Durante esses anos, colaborei intensamente com publicações no suplemento cultural e, por alguns meses do fatídico 2018, escrevi uma coluna sobre política. Foram meses conturbados, mal sabíamos que só seria o começo. Abandonei a coluna no dia em que fui ameaçado por um leitor. Passados alguns anos, certos textos soam datados, afinal foram respostas muito imediatas aos acontecimentos que nos atropelavam.

TEORIAS DA CANÇÃO: PERCURSOS, FUNDAMENTOS E METODOLOGIAS
Editora Cousa (2025)
Este livro resulta do curso “Literatura e Música”, oferecido em 2023 no Departamento de Literatura da Universidade Nacional da Colômbia. Seu objetivo é introduzir estudantes interessados em Canção Popular Brasileira às principais teorias que estruturam esse campo de estudo. Para tanto, selecionamos obras fundamentais de cada autor — Mário de Andrade, José Ramos Tinhorão, Augusto de Campos, José Miguel Wisnik, Luiz Tatit e Charles Perrone — e comentamos os problemas centrais por eles abordados, seus conceitos, metodologias e as limitações dessas abordagens.

DIOSES QUE DANZAN: CUENTOS TRADICIONALES DE LOS ORISHAS
Editorial Cousa (2024)
"Dioses que Danzan" nos invita a sumergirnos en la vitalidad y el poder de las narrativas de los orishas. Estas historias, transmitidas de generación en generación, no solo preservan la sabiduría ancestral, los valores morales y las leyes espirituales de la cultura yoruba, sino que también mantienen viva la esencia de las comunidades afro-diaspóricas, profundamente arraigada en la vida cotidiana de millones de personas en todo el mundo. Compiladas y traducidas al español por primera vez, estas narrativas ofrecen una experiencia única para quienes desean descubrir la profundidad espiritual y cultural de los orishas, proporcionando una nueva perspectiva sobre la riqueza de estas tradiciones vivas. Este libro es dedicado a practicantes de las religiones afro-diaspóricas, investigadores y todos aquellos interesados en la espiritualidad, la cultura y el legado civilizacional de los pueblos africanos.